Sexta feira passada, era dia dos meus outros dois filhos virem pra casa. Normalmente que os pega é o Beto, mas nessa sexta, ele me enviou um torpedo, pedindo que eu fosse buscá-los.
Fim de expediente, peguei o Lucca e estava falando com o Beto no celular enquanto dirigia (fone de ouvido, que fique claro!). Não me lembro em momento algum, de ter comentado sobre pegar as crianças. Falavamos sobre jantar, sobre o que fazer no feriado de carnaval, sei lá. Em algum momento o Lucca pediu para falar. Desconectei o fone de ouvido, coloquei no viva voz e passei o telefone para o Lucca no banco de trás. Então ouvi ele conversar com o pai:
_Papai, tá tudo bem? A gente vai pegar meu irmão na casa dele e depois vamos embola pra casa tá bom?
Ele desligou.
_Lucca, quem disse que vamos pegar seu irmão?
_Eu ouvi. Você sabia que eu tenho ouvido? Você pensou que eu não tenho ouvido? Eu ouvi ué.
Pois é! Eles tem ouvido. E pasmem!!! Eles ouvem e ouvem tudo. Ouvem mais do que pensamos. Ouvem mesmo aquilo que não queríamos que ouvissem.
Ouvem nossos palavrões no trânsito. Ouvem a discussão entre os pais. Ouvem quando falamos mal ou bem de alguém. Ouvem os planos que fazemos. Ouvem nosso choro. Ouvem nossa oração. Ouvem tudo.
O que seu filho tem ouvido?
Precisamos lembrar que eles ouvem e ouvem bem. Precisamos lembrar que palavras ferem mais que palmada. Precisamos lembrar que eles vão nos repetir.
O Lucca me repete bastante. E acredite, isso é assutador. É assustador ele falar alto e bravo com os irmãos.Mas também é confortante ouvi-lo pedir : Mamãe, você ora por mim?
Não somos perfeitos nem seremos, mesmo com todo nosso esforço. Mas podemos fazer o que está ao nosso alcance. E está ao nosso alcance procurar controlar nossa língua.
" Ora, quando pomos freios na boca dos cavalos, para que nos obedeçam, conseguimos dirigir todo o seu corpo." Tiago 3:3
"Da mesma boca procedem bençãos e maldição. Meus irmãos, não convém que isto seja assim."
Tiago 3: 10
E como ouvem, Mônica. E com o que ouvem, como aprendem. E com o que aprendem, como se estruturam como pessoas. E com o que se tornam como pessoas, como podem afetar positiva ou negativamente, suas futuras famílias, amigos, colegas de trabalho, comunidades... mundo!
ResponderExcluirParabéns pelas postagens e por seu amor de mãe!
Obrigada Pastor Robinson pela sua participação aqui. Depois de se tornar mãe, meu desejo de se tornar uma pessoa melhor triplicou, porque sinto a responsabilidade da formação dele. Meu desejo de fazer a vontade de Deus...aumentou ainda mais! E vamos seguindo...Abraços
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